A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC - em inglês), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou nesta terça-feira, 31 de maio, em Lyon, na França, que a radiação eletromagnética emitida por telefones celulares aumenta o risco de câncer cerebral em humanos. Isto foi debatido por 31 especialistas de 14 países que ficaram reunidos durante uma semana.
O grupo de cientistas classificou os telefones celulares na categoria 2B. Isto significa que são "possivelmente cancerígenos para humanos". Outras substâncias encaixadas nesta mesma categoria são: o pesticida DDT, chumbo e o gás expelido por motores movidos à gasolina.
Os pesquisadores analisaram os dados obtidos desde 2004 e concluíram que havia 15% mais casos de glioma e 27% mais de meningioma (dois tipos de câncer cerebral), para aqueles que utilizam o aparelho por mais de 30 minutos diariamente, durante uma década. Segundo a OSM, isto ocorre devido aos campos eletromagnéticos gerados pelos celulares..
No entanto, apesar de indicar um possível aumento na possibilidade de se ter câncer, ainda não foi registrado nenhum caso comprovado pelo uso de telefones celulares. Além disso, segundo Daniel Krewski, biólogo da Universidade de Ottawa e um dos autores da pesquisa: "Os dados são imprecisos".
Isto significa que apesar de não haver atualmente nenhum caso em relação ao uso de celular, no futuro, esta hipótese poderá ocorrer. Os detalhes adicionais do levantamento da pesquisa serão publicados na edição de julho da revista médica "Lancet".